segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Arte da Bruxaria

A Bruxaria é o culto à Deusa e ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos como: os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking), portanto é uma religião pagã. A palavra "pagão" vem do latim pagini ou paganus, que significa "terra" ou "habitante doméstico, camponeses" - as pessoas rotuladas como pagãos eram consideradas inferiores aos que viviam nas cidades. O paganismo é uma das mais antigas religiões e inclui todas as religiões que não são cristãs, muçulmanas ou judias. O medo da bruxaria começou a prevalecer por volta de 1450, quando as pessoas começaram a associar a bruxaria e o paganismo com adoração ao diabo. Tipos de Bruxaria *Bruxaria Africana: Há muitos tipos de bruxaria na África, mas o Azande da África central, por exemplo, acredita que a bruxaria causa todos os tipos de infelicidade. O Mangu ("poder") é passado de pai para filho. Aqueles que possuem o Mangu nem mesmo estão conscientes disso, realizam a magia inconscientemente enquanto dormem. *Bruxaria Apalachiana: Aqueles que praticam bruxaria nas montanhas Apalaches vêem o bem e o mal como duas forças distintas que são conduzidas respectivamente pelo Deus Cristão e pelo Diabo. *Bruxaria Verde: É muito similar a uma bruxa de cozinha. A prática se dá nos campos e na floresta para estar mais perto do Espírito Divino. *Bruxaria Solitária: Uma bruxa solitária não é parte de um grupo ou coven. Ela pratica magia sozinha e trabalha mais com as artes verdes, curas herbais e feitiços. *Bruxaria Hereditária: Acreditam em "dons" da arte que nasce com um bruxo, sendo passados das gerações anteriores. *Bruxaria Hoodoo: É um tipo de magia popular afro-americana. Usa as propriedades mágicas das ervas, raízes, minerais, partes de animais e fluidos corporais das pessoas. *Bruxaria de Cozinha: Pratica a magia perto da terra e da residência. A residência é um lugar sagrado e o uso de ervas é usado freqüentemente para trazer proteção, prosperidade e cura. *Bruxaria Luciferiana: O luciferianismo é confundido com o satanismo por ser a adoração à Lúcifer, mas a magia luciferiana é usada tanto para o bem quanto para o mal. *Bruxaria Alemã da Pensilvânia: Incluem feitiços e encantamentos que remontam à Idade Média, bem como elementos emprestados da Cabala Judaica e da Bíblia Cristã. Concentra-se na cura de doenças, proteção de animais, encontro do amor ou lançamento ou remoção de feitiços. *Bruxaria Tradicional: O papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde, contato com os espíritos e previsões do futuro. Embora compartilhe do mesmo respeito pela natureza que o bruxo wiccano, os bruxos tradicionais não cultuam a natureza nem o deus ou deusa da Wicca. Eles entram em contato com espíritos que são parte de um mundo espiritual invisível durante os rituais. Essa seita da bruxaria também não tem nenhuma lei de não prejudicar alguém, mas acredita na responsabilidade e na honra. *Bruxaria Moderna ou Wicca - É uma das religiões pagãs modernas que cultuam a Terra e a natureza. Foi criada na década de 40 e 50 por Gerald Gardner. Gardner definiu a bruxaria como uma religião positiva e afirmadora da vida, que inclui adivinhação, plantas medicinais, mágica e habilidades psíquicas. Os wiccanos fazem um juramento de não prejudicar com sua magia. Dois Princípios Básicos na Bruxaria A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar uma ampla linha de pensamento com características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Entre eles estão: - O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. A fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas; e também - A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. O verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza. Um pouco de Historia... A Caça as Bruxas foi uma perseguição social e religiosa que começou no final da Idade Média, atingindo seu apogeu na Idade Moderna, desapareceram completamente em torno de 1700. Na Idade Média - Todas as sociedades anteriores ao período moderno reconheciam o poder das bruxas e, em função disso, formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos. O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando bruxas de forma ativa. Esse contexto relativamente benigno permaneceu sem grandes alterações por séculos. Pouco depois de 1300, na Europa Central, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malignas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento. Na Idade Moderna - Em 1484 foi lançado o mais famoso manual de Caça às Bruxas, o Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras), pelos inquisidores Heinrich Institoris e Jakob Sprenger, que se tornou uma espécie de bíblia da caça às bruxas com 28 edições que define as práticas consideradas demoníacas. NOTA: É necessário lembrar que a bruxaria, sobretudo em relação à magia amorosa, não ensina a escravizar ninguém e nem impor a sua vontade às pessoas. A paixão pode ser provocada, NUNCA imposta. A Bruxaria respeita as Leis da Natureza. Referências: * Google * GARDNER, Gerald. A Bruxaria Hoje: Madras, 2003. - 153 p. * MURRAY, Margaret. O Culto das Bruxas na Europa Ocidental: Madras, 2003. - 262 p * OBERON, Zell-Ravenheart. Grimorio – Aprendiz de Feiticeiro: Madras, 2004. - 39 p.

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